Em 1300, colonos taitianos chegaram às ilhas havaianas, introduzindo novos sistemas e práticas. Com eles vieram os guerreiros Koa, apontados pelos historiadores como sendo os criadores da arte marcial Kuʻialua, considerada de fundamental importância na unificação das ilhas havaianas em 1810 pelo rei Kamehameha (1797-1819), fundador do reino do Havaí.
O nome “Kapu Kuʻialua” significa “luta proibida”. A arte marcial consiste essencialmente na quebra de ossos do adversário através de bloqueios articulares e manipulação de pontos de pressão. Inclui também o uso de várias armas (inclusive armas de fogo introduzidas pelos europeus), arremessos, estratégias em campo de batalha e em oceano aberto. Os guerreiros desta arte untavam todo o corpo com uma fina camada de óleo de coco e removiam todo o cabelo para evitar ser agarrado na batalha.

Somente àqueles associados à nobreza, como guerreiros profissionais, guardas e membros das famílias reais era permitido aprender Kuʻialua. Só deveria ser praticada pelos guardas de honra e pela família do rei Kamehameha. Todo o povo era proibido de aprendê-la, sob pena de punição com a morte.

Após o falecimento do rei, e com a chegada de missionários que reprimiram muitos dos costumes e tradições, esse sistema de combate praticamente desapareceu. Mas em 1874 foi revivido pelo rei Kaläkaua, descendente de Kamehameha. Através da formação de novos lutadores, incluindo crianças, seu objetivo era evitar a extinção completa da arte de combate havaiana.

O esporte foi introduzido na América em 1963 por O. S. Kaihewaku, causando grande controvérsia, pois a luta nunca havia sido ensinada antes a pessoas de fora. E em 1982 o ensino foi proibido em toda a Europa e em alguns países como Estados Unidos, Canadá e Rússia.

Atualmente é praticado em poucos lugares através de ex-professores que não acataram a proibição de 1982 e continuam a ensinar de forma clandestina, trazendo como consequência o curioso fato de que alguns discípulos se tornaram criminosos de grande renome na História.